segunda-feira, 27 de julho de 2020

Os meses se passaram, sua vida seguiu.
A minha ainda está aqui,  esperando por qualquer sopro que me traga vida.
E quando tudo parece estar bem eu me lembro daquela cena, você naquela manhã em pé na porta, pronto pra sair, pra sair da minha vida, falando que precisava caminhar, que precisava pensar.
Naquele momento minha alma foi tirada do meu corpo, lembro dos seus olhos, da forma como amarrava os cadarços.  Foi ali sentada diante ao que mais amo em que comecei a morrer.  Naquele momento eu não perdia apenas um relacionamento, eu perdia meu amor, eu perdi minha fé, eu perdi minha significância.
E desde então vivo nessa sombra, em uma escuridão que me destrói aos poucos, sim eu tentei algumas vezes por fim na minha dor, mas nunca tive sucesso.
Em tempos que todos tem medo da morte, eu apenas a desejo, é como o único alívio que poderia me ser cedido.
E a única culpa é minha, por ter sido fria, repugnante, por não ter sido nada. E essa culpa nunca vai sair de mim, durmo e acordo com ela, te vejo em meus sonhos e sei que nunca mais vou te ter ao meu lado, afinal quem quer estar com alguém assim, jamais vou tirar sua razão de decidir viver ao perder tempo com alguém como eu.
E não ter nada que me traga luz é apenas mais um sinal que minha vida já acabou e eu só queria acabar com essa minha dor.

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Entre o passar das horas, dias, semanas e meses eu tento ocupar minha mente com qualquer coisa que me faça nem que seja por algum segundos esquecer, e funciona. Vou trabalhar como todo mundo espera,  tiro fotos sorrindo pois é o mínimo, você tem que superar é só isso que dizem juntamente com o uma hora vai passar. Ninguém, nenhuma pessoa parou e me perguntou como estou me sentindo de verdade e sabe o porquê , é que ninguém se importa, tantas outras coisas tão mais importantes acontecendo,  o que é meu caos diante isso.  Assim sigo como tem dado, cada dia acordando na mesma inércia, sem perspectiva e sem vontade. Sem vontade de abrir os olhos, sem vontade de respirar sem vontade de viver.
Claro que me pergunto qual o sentido de viver assim, apenas uma casca fingindo que está tudo ótimo. Tento fazer planos, imaginar coisas boas, tento sentir gratidão, mas não tenho conseguido. Meus pensamentos me atormentam até em sonhos, sonhos e sonhos que sempre me fazem lembrar a realidade em que vivo agora no vazio e sozinha. Ninguém quem saber dos dramas, mas ninguém sabe  o que é viver com essa dor.
As vezes consigo deixar minha mente livre mas logo vem flashs de coisas e penso se naquele momento eu tivesse tido uma decisão diferente hoje quem sabe eu não estivesse assim, destruída.
Como era bom sentir a água gelada do rio, o sol que queimava a pele; agora nem o sol me esquenta mais.
Durmo e acordo com remédios que me ajudam, entre crises escondidas, mas dentro só eu sei do escuro, da bagunça e barulho que está, mas eu como todos esperam sigo sorrindo no está tudo bem.