domingo, 23 de agosto de 2020

 Ninguém mais me pergunta se estou bem. Afinal todos acham que já passou tempo suficiente para estar tudo bem, aliás tudo seguiu.

Mas cada dia que passa minha dor aumenta, minha saudade aperta, e acordo todos os dias querendo apenas que tudo acabasse.

Eu me odeio a cada momento que me olho no espelho e percebo o quão repugnante uma pessoa pode ser. Não entendo o por que ainda vivo eu queria apenas morrer e não sentir nada disso. Será que alguém sabe o que é viver com dor no peito, viver com um nó na garganta e ainda ter que sorrir. Estou cada dia mais exausta de ter que seguir assim. Eu tento tirar meu ar me sufocando, eu me castigo com mutilações mas que nenhuma a dor chega perto do que sinto, eu me machuco, me destruo aos poucos, cicatrizes que apenas são lembranças do que não posso esquecer; que nunca vou ser uma pessoa feliz, pois para mim já acabou. E essa vontade absurda de morrer, mas eu não consigo nem me matar,  o amor me destruiu, na verdade terminou de me destruir, minha esperança de viver era que um dia o amor trouxesse para mim uma razão, e trouxe eu conheci meu amor, vivi com ele , mas ninguém me avisou que independente do meu sentimento ele iria acabar. E ali junto com o fim domdo amor eu  acabei . 

domingo, 16 de agosto de 2020

 Se já não bastasse os pensamentos constantes durante meu dia, luto durante as horas que durmo, ele presente nos meus sonhos, faz com que minha vontade de não acordar seja apenas aumentada.

Luto pra dormir a base de antidepressivos e  calmantes e então que involuntariamente eu apago, me entrego a escuridão do meu ser, e na maioria dos dias quando não são pesadelos o amor da minha vida está lá, ao toque surreal da minhas mãos, e ali de alguma forma eu sei que é um sonho e só tento ficar lá olhando para ele tentando ser tudo que não fui, na ilusão que eu acorde e seja apenas um pesadelo e tê-lo ali ao meu lado, ou peço na mais firme ilusão que eu não acorde. Mas nunca funciona . Eu sempre acordo no pesadelo que é viver sem ele. 

Caminho entre as ruas e nunca vejo os rostos, as vezes me pego em lembranças olhando para o vazio e sinto vontade de chorar . 

Muitas vezes eu não posso chorar. 

Tenho que engolir seco toda minha agonia e sorrir. Pois é isso que todos esperam. Sorrisos nem que sejam falsos.

Já tentei de todas as formas acabar com essa dor. Me sufoca, as vezes grito, me debato, eu luto; mas só posso fazer tudo isso embaixo do chuveiro ou na cama.

Ninguém entende a dor que sinto. Afinal nem eu . 

Meu amor me deixou, na verdade eu perdi ele por total culpa de ser fria e ausente e isso me assombra todos os dias. 


Meu sonho é fechar os olhos e não acordar.

sábado, 8 de agosto de 2020

Ninguém
Ninguém está preparado para a verdade quando te perguntam se está tudo bem.
A realidade é que ninguém se importa se você está bem ou se está tudo um caos.
É preciso da forma mais fútil aprender a mentir, mentir sobre seus sentimentos afinal ninguém entenderia.
A resposta preparada é sempre a mesma, que sim; tudo bem. Entre um riso falso e outro, é assim que todos os dias tento manter a sanidade.
Mas aí se eu pudesse falar a verdade, da maneira de como me sinto, mas quem quer ouvir. Há quem diga que é ingratidão.
Sabe como é acordar todos os dias e não sentir nada, se sentir vazio e escuro, e antes mesmo de levantar é engolir lágrimas pois ninguém está preparado para aguentar a minha  ausência, ausência de vida. E foi por essa ausência que perdi tudo, perdi até a pessoa que me trazia alegria, que ali quando eu acordava sempre antes ou de madrugada olhava do lado e ver ele ali me fazia sentir grata por ter aquela luz em minha vida.  
Mas a minha ausência me afastou. 
E se a verdade hoje fosse dita, quando me perguntam como estou a resposta sem dúvida iria ser: me sinto morta, vazia e inanimada, vivendo em um mundo irreal. Acordo todos os dias sem vontade de respirar, já tentei me sufocar, já tentei tantas coisas ; mas toda essa dor é o que carrego todos os dias, lembro de tudo que tive e deixei escoar pelo meus dedos. 
A dor é a única coisa que me conforta, pois acredito que é isso que mereço.  Então entre surtos e apatias a dor é  meu castigo por ter sido ausente e fria.  
Meu reflexo não é o que sinto. Minhas marcas e cicatrizes externas não são nem uma partícula do estrago que é meu interior.