segunda-feira, 27 de julho de 2020

Os meses se passaram, sua vida seguiu.
A minha ainda está aqui,  esperando por qualquer sopro que me traga vida.
E quando tudo parece estar bem eu me lembro daquela cena, você naquela manhã em pé na porta, pronto pra sair, pra sair da minha vida, falando que precisava caminhar, que precisava pensar.
Naquele momento minha alma foi tirada do meu corpo, lembro dos seus olhos, da forma como amarrava os cadarços.  Foi ali sentada diante ao que mais amo em que comecei a morrer.  Naquele momento eu não perdia apenas um relacionamento, eu perdia meu amor, eu perdi minha fé, eu perdi minha significância.
E desde então vivo nessa sombra, em uma escuridão que me destrói aos poucos, sim eu tentei algumas vezes por fim na minha dor, mas nunca tive sucesso.
Em tempos que todos tem medo da morte, eu apenas a desejo, é como o único alívio que poderia me ser cedido.
E a única culpa é minha, por ter sido fria, repugnante, por não ter sido nada. E essa culpa nunca vai sair de mim, durmo e acordo com ela, te vejo em meus sonhos e sei que nunca mais vou te ter ao meu lado, afinal quem quer estar com alguém assim, jamais vou tirar sua razão de decidir viver ao perder tempo com alguém como eu.
E não ter nada que me traga luz é apenas mais um sinal que minha vida já acabou e eu só queria acabar com essa minha dor.

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